Num armazém intermédio de produtos de cartão, há duas variáveis que o definem: a capacidade de armazenamento alvo e a capacidade de transferência (ou transporte de metros quadrados de cartão por hora de trabalho).
Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, a capacidade de transferência de papelão por hora é muito superior a qualquer sistema tradicional de transporte ou de rolos. A principal razão para isto é que, na saída da onduladeira, criamos blocos que são agrupamentos de pilhas de cartão em toda a largura e também no comprimento da onduladeira.
Estas super pilhas de cartão, que podem conter desde 1.800m2 em cartão duplo até 4.500m2 em cartão microflutuante, viajarão da onduladora para o armazém e daí para a secção de conversão. Uma vez na secção de conversão, as pilhas são separadas e entregues a cada máquina.
Nestes 12 anos de evolução dos armazéns verticais, o sector do cartão sofreu grandes alterações, uma das mais óbvias das quais é a dimensão das encomendas, que estão a tornar-se cada vez mais curtas. Mas menos metros quadrados por encomenda significa mais transporte de pilhas, então como se lida com o transporte de encomendas mais pequenas?
E quanto às fábricas no mercado asiático que operam com esta tecnologia? Como com todos os sistemas, ao entrar nestes mercados tivemos de nos adaptar às suas necessidades. Desta forma, passamos de carregar um bloco para poder carregar 2 ou 4 blocos de encomendas diferentes ao mesmo tempo, reduzindo o número de ciclos dos transelevadores e mantendo a relação de transferência de m2 que uma fábrica de alta capacidade com encomendas curtas necessita.
Enumerar a solução é simples, mas a tecnologia que funciona no interior é mais complexa. Uma tecnologia que vai desde as estações de carregamento especialmente concebidas para o efeito até à programação do sistema intralogístico e dos seus transelevadores. Um desafio que, juntamente com as simulações digitais, nos permitiu participar em novos projectos em todo o mundo.
